"(...) é um novelo que alguém emaranhou."
PESSOA, Fernando, "O Livro do Desassossego", Novis, p. 218
quarta-feira, 30 de maio de 2007
segunda-feira, 28 de maio de 2007
... para Cegueira
"Temos pressa de chegar onde estamos e não alcançamos."
PAIXÃO, Pedro, "Nos teus braços morreríamos", Cotovia, p. 106
PAIXÃO, Pedro, "Nos teus braços morreríamos", Cotovia, p. 106
sábado, 26 de maio de 2007
para Impossibilidade
"Vejo-me sentado diante de mim e comovo-me tremendamente."
PAIXÃO, Pedro, "Cala a minha boca com a tua", Cotovia, p. 74
PAIXÃO, Pedro, "Cala a minha boca com a tua", Cotovia, p. 74
sexta-feira, 25 de maio de 2007
... para Poema
"(...) é um justo acorde de palavras, um equilíbrio de sílabas, um peso denso, o esplendor da linguagem, um tecido compacto e sem falha que apenas fala de si próprio e, como um círculo, define o seu próprio espaço e nele nenhuma coisa mais pode habitar."
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, "Contos Exemplares", Portugália Editora, p. 180
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, "Contos Exemplares", Portugália Editora, p. 180
quinta-feira, 24 de maio de 2007
... para Contradição
"O único modo de estarmos de acordo com a vida é estarmos em desacordo com nós próprios."
PESSOA, Fernando, "O Livro do Desassossego", Novis, p. 22/3
PESSOA, Fernando, "O Livro do Desassossego", Novis, p. 22/3
quarta-feira, 23 de maio de 2007
... para Crer
"(...) a Fé começa precisamente onde a razão acaba."
Kierkegaard, citado por Ernesto Sabato, "Resistir", Dom Quixote, p.129
Kierkegaard, citado por Ernesto Sabato, "Resistir", Dom Quixote, p.129
terça-feira, 22 de maio de 2007
segunda-feira, 21 de maio de 2007
... para Sabedoria
"Ver claro é não agir."
PESSOA, Fernando, "O livro do Desassossego", Novis, p. 181
sábado, 19 de maio de 2007
... para Risco
"(...) creio que a liberdade que está ao nosso alcance é maior do que aquela que nos atrevemos a viver."
SABATO, Ernesto, "Resistir", Dom Quixote, p. 30
SABATO, Ernesto, "Resistir", Dom Quixote, p. 30
quinta-feira, 17 de maio de 2007
... para Insignificância
" Um nada fica a lembrar-se para sempre (...)"
FERREIRA, Virgílio, "Para sempre", Círculo dos Leitores, p.180
FERREIRA, Virgílio, "Para sempre", Círculo dos Leitores, p.180
quarta-feira, 16 de maio de 2007
... para Forma de Luz
"E é quase só o que ficou. Uma luz condensada táctil, esquadriada com rigor, luz calma, poisada nas coisas sem as trespassar, percorrendo-lhes apenas o relevo para emergirem inteiras na suavidade da manhã."
FERREIRA, Virgílio, "Para Sempre", Círculo de Leitores, p. 181
FERREIRA, Virgílio, "Para Sempre", Círculo de Leitores, p. 181
segunda-feira, 14 de maio de 2007
... para Sopro
"A brisa vaga dos grandes bosques respirava com som entre o arvoredo."
PESSOA, Fernando, "O livro do Desassossego". Novis, p. 188
PESSOA, Fernando, "O livro do Desassossego". Novis, p. 188
sábado, 12 de maio de 2007
... para (Des)Espera
"Porque a espera, a espera das coisas fantásticas, visíveis e reais, a espera das coisas destinadas, prometidas, pressentidas, ia-se tornando quase lucidamente alucinada."
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, Contos Exemplares, Portugália, p.130
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, Contos Exemplares, Portugália, p.130
sexta-feira, 11 de maio de 2007
... para Submissão
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
MAIAKOVSKY, (excerto)
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
MAIAKOVSKY, (excerto)
quarta-feira, 9 de maio de 2007
... para Recordação
"Às vezes, de repente, no fundo dos espelhos havia um brilho que era o brilho duma hora antiga."
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, "Contos Exemplares", Portugália, p.129
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, "Contos Exemplares", Portugália, p.129
terça-feira, 8 de maio de 2007
... para Desespero
"Não vale a pena continuar em frente, nem sequer para o lado se já não temos por quem."
PAIXÃO, Pedro, "Nos teus braços morreríamos", Cotovia, p.105
PAIXÃO, Pedro, "Nos teus braços morreríamos", Cotovia, p.105
segunda-feira, 7 de maio de 2007
... para Amor
"Naquela noite fizemos o que mais gostávamos, perdermo-nos nos olhos um do outro."
PAIXÃO, Pedro, "Quase gosto da vida que tenho", Quetzal Editores, p. 167
PAIXÃO, Pedro, "Quase gosto da vida que tenho", Quetzal Editores, p. 167
domingo, 6 de maio de 2007
... para Mãe
Infância
Não minha mãe. Não era ali que estava.
Talvez noutra gaveta. Noutro quarto.
Talvez dentro de mim que me apertava
contra as paredes do teu sexo-parto.
A porta que entretanto atravessava
talhada no teu ventre de alabastro
abria-se fechava dilatava.
Agora sei: dali nunca mais parto.
Não minha mãe. Também não era a sala
nem nenhum dos retratos de família
nem a brisa que a vida já não tem.
Talvez a tua voz que ainda me fala ...
... o meu berço enfeitado a buganvília ...
Tenho tantas saudades, minha mãe!
ARY DOS SANTOS, José Carlos, Obra Poética, Edições Avante
Não minha mãe. Não era ali que estava.
Talvez noutra gaveta. Noutro quarto.
Talvez dentro de mim que me apertava
contra as paredes do teu sexo-parto.
A porta que entretanto atravessava
talhada no teu ventre de alabastro
abria-se fechava dilatava.
Agora sei: dali nunca mais parto.
Não minha mãe. Também não era a sala
nem nenhum dos retratos de família
nem a brisa que a vida já não tem.
Talvez a tua voz que ainda me fala ...
... o meu berço enfeitado a buganvília ...
Tenho tantas saudades, minha mãe!
ARY DOS SANTOS, José Carlos, Obra Poética, Edições Avante
sábado, 5 de maio de 2007
... para Morte
"O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela."
PESSOA, Fernando, O Livro do Desassossego, Novis, p.122
PESSOA, Fernando, O Livro do Desassossego, Novis, p.122
terça-feira, 1 de maio de 2007
... para esperança
"Esta ideia circular do tempo favorecia uma visão diferente da vida. Se soubermos que as folhas vão voltar a encher os ramos das árvores, não nos deixamos levar pela desconfiança ao vê-las desaparecer. Não olhamos para as últimas, antes de cairem, com a expressão esfomeada do que se perde e se torna irrecuperável. (...) Tudo irá renascer de novo, numa ânsia de viver que corresponde a um mundo que regresssa sempre."
JANER, Maria de la Pau, "As mulheres que há em mim", Dom Quixote, p. 167
JANER, Maria de la Pau, "As mulheres que há em mim", Dom Quixote, p. 167
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