quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

adio

engulo o nó da garganta
com um gole d'água
e um lexotan

visto o pijama
no sonho adiado
(requentado de séculos)

amanhã
talvez amanhã

CASIMIRO, Jorge, "Murmúrios ventos", Pássaro de Fogo, p. 124

3 comentários:

Menina Marota disse...

Amanhã... tanta coisa que se deixa de fazer e se diz amanhã será...
A sensibilidade de Jorge Casimiro, que muito aprecio.
Um abraço a ambos.

poetaeusou . . . disse...

/
sem agua
sem lodo
sem cais
sem sereias
de caudas postiças
sem lamas
nem dalai lamas
nem pecados originais
,
in-jorge casimiro
,
um xi
,
*

Rui Caetano disse...

Amanhã. sim talvez.