quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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"Só acredito em paixões impossíveis", dissera-lhe ela antes do primeiro beijo: "Os amores possíveis não têm nada a ver com o amor":
Com aquela frase estabelecera as regras e os limites. Nunca lhe dissera que seria para sempre, ao contrário, insistira: "Não haverá amanhã!". E cumprira. Acontece que o que perdura, o que nunca conseguiremos esquecer, não é o que temos como certo, o que está ao alcance dos dedos e do vulgar desejo, o que sabemos que durará para sempre, mas o que não será nosso - se acaso algum dia fôr - senão por um brevíssimo instante. Um fulgor."

AGUALUSA, José Eduardo, "Depois que o Verão termina" (exc.), in Pública, 9/09/2007

(Recomendo o texto completo. Não o coloco aqui por inteiro, por ser bastante extenso)

4 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
Tempo das Chuvas
Antes que venham as primeiras chuvas acender
Amarelas flores entre os rochedos
E o céu se torne móvel de compridos passáros
E todo o chão se cubra do verde novo
Do capim
Saberás pelo vento que chegaste ao fim
*
in)José Eduardo Agualusa
*
xi
*

Mariamar disse...

è um dia de grandes vitórias. entre tantos outros que hão-de vir. Um beijo.

alexandrecastro disse...

as suas prosas continuam maravilhosas. beijinho
ps.e você continua malandra q.b....!

Teté disse...

Estou a ler "As mulheres do meu pai" deste escritor. Ainda dizem que não há coincidências?

Jinhos!